Sempre fui uma tagarela, e desta vez não foi diferente.
Acreditava, e hoje mais ainda, que quanto mais você troca com o mundo, mais ele te traz de volta.
E assim foi. As dicas que recebi foram primordiais para o meu bem-estar, e aqui eu tentarei passá-las para quem precisar:
- Vá com um walkman, rádio, discman, ou seja lá o que for, mas não fique conversando nas sessões de quimio, se for pra falar de doenças e tratamentos!
- Assista TV (todo ambulatório de quimio tem uma), leia um livro, ouça música, mas não preste atenção no líquido que entra na tua veia! Você só potencializará o seu efeito.
- Encare o tratamento como cura, como tratamento do teu corpo, não como uma droga, um veneno.
- Tente mater a tua independência, a tua integridade (eu fui, desde a primeira vez, sozinha).
- Quando enjoar, beba limonada, ou coma pipocas! É verdade! A limonada "lava" a língua, sem dar dor no estômago, e a pipoca, por causa da pele do caroço, corta o enjôo na hora.
- Não deixe de se alimentar. Não faça drama: saco vazio não pára em pé.
- Corte os cabelos antes que eles comecem a cair. Já com eles curtos é sofrível, imagine se estiverem compridos.
Quando terminei a primeira série, fui para a radio.
Parece loucura, mas fui fazer a radio em um hospital em Duque de Caxias. Era e ainda é, referência. Então era lá que eu iria fazer. Não queria correr o risco de ter a pele queimada, ou fosse lá o que fosse, só pela preguiça.
Então saía da Barra, em direção à Duque de Caxias, todos os dias, na hora do almoço.
E deu tudo certo. E fiz as 35 aplicações, sem nem uma queimadura. Eu e meu grupinho de amigos.
Continua
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