Bem, agora chegou a vez de dar algumas dicas realmente sérias!
Hoje tenho 45 anos, e desde os 15 tive problemas nos seios, com idas e vindas ao ginecologista por conta de dores, displasias, etc.
Engraçado, pois Freud sempre disse que sexto-sentido não existe, que o que existe são os fatos que guardamos na "caixola", e que, mesmo que com a nossa negativa, teimam em somar 2 + 2... dando 4!
Sendo assim, segui com minha vida normal, até os idos de 2004.
Em outubro de 2004 fiz minha mamografia habitual, e o que seria um cisto "bonzinho", demonstrava alguma alteração de núcleo, ou seja, estava deixando de ser translúcido, para ter algumas granulações.
Até então tudo estava indo bem, e a médica pediu para que eu retornasse em março de 2005.
...
Em junho de 2005, de férias na Itália (romântico, né?), acordei com meu marido abraçado em mim, e o dedo indicador de sua mão direita pousava exatamente sobre meu seio direito... Nada de mais não é?
Ainda de férias, o telefone toca, e era uma grande amiga, que trabalha na mesma empresa, dizendo ter descoberto estar com um tumor enorme de mama, e que seria submetida à mastectomia do seio direito, já no fim do mês... Pedia pra eu mandar forças pra ela, rezar, etc.
Então voltamos para casa, e na semana seguinte maridão saiu, na quinta-feira, para uma viagem de trabalho.
Naquela noite eu acordei várias vezes, com uma fisgada que ia do ponto onde o dedo dele estava, no seio direito, que seguia por dentro do peito.
Pela manhã cheguei ao trabalho, fui direto ao depto médico, pedi uma ultra de mama, e lá fui eu.
Nem preciso dizer a cara da médica, ao ver a imagem na tv.
De lá mesmo liguei para a minha ginecologista, e disse: Norminha, deu zebra... tem um "negóço" no meu seio, e não é um cisto não.
Bem, sexta-feira a roda-viva começou: punção, biopsia, etc
Confirmado: carcinoma ductal infiltrante. Nome chique né?
Tradução: um tumor "bonzinho" (se é que existe...), mas que se "infiltrava" pelos canais ou ductos, do meu seio direito.
Prognóstico: uma quadrantectomia, que quer dizer que retirariam um quarto do meu seio, se tudo corresse bem. Caso contrário, eles teriam que fazer uma mastectomia.
Nota: aqui no Brasil, diferentemente da Itália, se o tumor ultrapassa 8 cm, normalmente eles fazem a mastectomia, pois a área contaminada é grande, e fica difícil poupar tecido mamário, e garantir a sobrevida do paciente. Pode até acontecer, mas a mama tem que ser bem grande, e eu, com meu manequim 44, que pensava ter seios fartos, descobri que, neste caso, eram pequenos!
Próximo passo: ressonância magnética e cirurgia.
Na ressonância, mais uma supresinha desagradável: o tumor bonzinho, tinha dado cria... Tinha um filhotinho, ou seja, um outro tumor, menor ainda do que o primeiro, em direção da axila.
Intervalo
Um comentário:
è muito util as coisas che voce escreveu aqui
eu estou fazeno a radioterapia junto com a bractoterapia
um abraço
Ana Paula ( Shylla )
Postar um comentário